O cavalo crioulo é mais do que uma raça, é um símbolo da força, da tradição e da cultura do campo sul-americano, como destaca o empresário e fundador Aldo Vendramin. Reconhecido por sua resistência, inteligência e versatilidade, ele se tornou protagonista em competições, fazendas e centros de criação em todo o Brasil.
Preservar essa raça é preservar parte viva da história rural brasileira, por isso neste artigo traremos algumas informações do manejo correto e dicas importantes para manter o bem estar do cavalo assim como sua proficiência em provas e eventos.
A origem e o legado de uma raça lendária
Originário dos pampas do sul, o cavalo crioulo tem raízes profundas na história da América do Sul. Descendente direto dos cavalos ibéricos trazidos pelos colonizadores espanhóis, adaptou-se ao clima rigoroso da região, desenvolvendo força, agilidade e uma rusticidade inigualável. Com o passar dos séculos, o crioulo tornou-se o companheiro ideal do homem do campo, incansável no trabalho, fiel no comportamento e admirável na beleza.

Tal como informa o senhor Aldo Vendramin, o segredo da longevidade dessa raça está no equilíbrio entre seleção genética e respeito à tradição. O cavalo crioulo representa a síntese perfeita do que o campo valoriza: resistência, inteligência e nobreza.
O manejo correto: base da performance e do bem-estar
Por trás de cada animal premiado, há um manejo cuidadoso e técnico. A rotina do cavalo crioulo envolve alimentação balanceada, treinamento físico e acompanhamento veterinário constante. O manejo adequado começa no nascimento, com a doma racional e o convívio respeitoso entre homem e animal, prática que valoriza o comportamento natural e evita o estresse.
Os criatórios modernos incorporam tecnologia e conhecimento científico, sem perder o olhar humano. Monitoramento de pastagens, controle nutricional e exames genéticos são aliados para garantir a saúde e o desempenho dos animais, este cuidado atrelado a profissionais diários e técnicos que irão acompanhar o dia a dia são de grande importância. Segundo Aldo Vendramin, o manejo é o ponto de partida para todo o sucesso nas pistas, pois não existe cavalo campeão sem cuidado diário. O bom manejo é o alicerce da performance e do bem-estar.
Provas funcionais: tradição e técnica em harmonia
As provas funcionais do cavalo crioulo são um espetáculo à parte. Mais do que competições, são demonstrações de técnica, resistência e sintonia entre cavalo e cavaleiro. Entre as mais conhecidas estão a Prova de Rédeas, o Freio de Ouro, a Marcha de Resistência e as Provas de Campo, que testam velocidade, precisão e equilíbrio. Cada desafio reflete o espírito da raça, disciplinada, corajosa e de temperamento firme, mas dócil.
Durante essas provas, os competidores são avaliados por critérios técnicos rigorosos, que vão desde o controle dos movimentos até a postura do cavaleiro. De acordo com o empresário Aldo Vendramin, o verdadeiro valor das provas está na celebração do vínculo entre o homem e o cavalo, visto que mais do que vencer, é mostrar respeito à história da raça e à cultura que ela representa.
O impacto econômico e cultural das competições
As provas funcionais movimentam um mercado pujante, que envolve criadores, treinadores, veterinários e empresas especializadas em equipamentos e nutrição animal, como ressalta Aldo Vendramin. Além do aspecto econômico, essas competições fortalecem o turismo rural e valorizam as tradições gaúchas e campeiras, atraindo público de várias regiões do país.
Eventos como a Expointer e o Freio de Ouro transformam o cavalo crioulo em um símbolo de identidade cultural e a presença de criatórios de excelência ajuda a fortalecer estes eventos e o cuidado com a tradição e cultura, garante que o Brasil siga como referência internacional na preservação e evolução genética da raça, elucida o empresário.
Genética, tradição e o futuro do cavalo crioulo
O sucesso da raça nas pistas é fruto de décadas de trabalho genético cuidadoso. A seleção rigorosa busca aprimorar características como musculatura, temperamento e resistência. Com o apoio da biotecnologia, a reprodução assistida e a transferência de embriões têm permitido avanços significativos na qualidade dos animais.
Apesar da tecnologia, o respeito à essência da raça continua sendo prioridade. A filosofia dos criadores modernos é clara: preservar a identidade do cavalo crioulo é manter viva a alma do campo. Tal como frisa o senhor Aldo Vendramin, o futuro da raça depende do equilíbrio entre inovação e tradição. A genética pode evoluir, mas o que sustenta o cavalo crioulo é a paixão e o respeito que ele desperta. É isso que o torna único.
O cavalo crioulo é o reflexo da história rural do Brasil: forte, disciplinado e profundamente ligado ao homem do campo. Cada prova funcional, cada manejo e cada criação reafirmam a importância dessa raça que carrega em seus genes a alma dos pampas e o orgulho da tradição gaúcha.
Autor: Sorin Golubov

