O Auxílio Emergencial foi um marco histórico na assistência social brasileira, transformando a vida de milhões de pessoas em plena pandemia da Covid-19. Pedro Guimaraes, à frente da Caixa Econômica Federal, esteve na linha de frente desde os primeiros dias, coordenando um processo que uniu tecnologia, gestão eficiente e comunicação direta com a população. Em apenas duas semanas após o decreto regulamentador, o país já contava com milhões de inscritos e o início dos pagamentos, revelando a grandiosidade e a urgência dessa operação sem precedentes.
Reviva os bastidores dessa operação inédita e entenda como a tecnologia e a gestão eficiente tornaram possível levar o Auxílio Emergencial a milhões de brasileiros em tempo recorde.
Como foi a reação inicial e a preparação para o Auxílio Emergencial?
A preparação para o Auxílio Emergencial começou antes mesmo da aprovação da lei, com reuniões no Palácio do Planalto ao lado do presidente Jair Bolsonaro e de autoridades como Roberto Campos e Gustavo Montezano. Pedro Guimaraes representou a Caixa nessas primeiras comunicações oficiais, destacando as medidas que estavam sendo estruturadas para atender à população em situação de vulnerabilidade. O gesto simbólico das “seis medidas”, apresentado durante a coletiva de 27 de março de 2020, mostrou que havia um planejamento robusto em andamento.

Esse período inicial foi marcado pela necessidade de criar instrumentos ágeis, mesmo diante de incertezas. Ainda chamado de “coronavoucher” pela imprensa, o benefício começava a ganhar contornos mais definidos, com a promessa de alcançar milhões de famílias brasileiras. A atuação rápida deu segurança para que a sociedade entendesse que o governo se mobilizava para mitigar os impactos da pandemia.
Nesse contexto, a Caixa assumiu a responsabilidade central de operacionalizar o pagamento. Pedro Guimaraes reforçou que a instituição estava preparada para encarar a missão, mesmo diante do desafio logístico e tecnológico de lidar com uma demanda que atingiria 71% da população adulta do país.
De que maneira os aplicativos digitais mudaram o acesso ao benefício?
A criação do aplicativo do Auxílio Emergencial foi o primeiro passo para viabilizar as inscrições. Em poucos dias, 108 milhões de pedidos foram registrados, um número que representava mais de dois terços dos adultos brasileiros. Pedro Guimaraes destacou em entrevistas que o volume de acessos era impressionante, mas que a Caixa estava pronta para absorver a demanda, apoiada por equipes técnicas e infraestrutura digital.
Após a inscrição, foi criado o aplicativo CaixaTem, ferramenta fundamental para o pagamento. Esse canal digital foi decisivo para reduzir filas em agências e casas lotéricas, respeitando as restrições sanitárias impostas pela pandemia. Milhões de brasileiros tiveram acesso direto ao benefício pelo celular, o que marcou um salto na inclusão financeira digital.
Quais foram os primeiros resultados do pagamento do Auxílio Emergencial?
Os resultados nos primeiros 15 dias após o decreto impressionaram pela rapidez e amplitude. Apenas uma semana após a regulamentação, os primeiros pagamentos já estavam sendo realizados. Pedro Guimaraes destacou em entrevistas coletivas e veículos de comunicação que essa agilidade não tinha paralelo em outros países, tornando o Brasil referência em eficiência na distribuição de recursos sociais.
Números divulgados pela Caixa no dia 19 de abril de 2020 revelaram a dimensão da operação: 40,3 milhões de cadastros finalizados, 49,3 milhões de downloads do app Auxílio Emergencial e 19,4 milhões de downloads do CaixaTem. Até aquele momento, 17,9 milhões de pessoas já haviam recebido o benefício, totalizando R$12,2 bilhões pagos em apenas 12 dias após o decreto.
No dia seguinte, os dados mostraram que 24,2 milhões de brasileiros já haviam sido atendidos, com R$16,3 bilhões liberados. Pedro Guimaraes ressaltou que, embora ainda houvesse filas presenciais, o esforço de abertura de agências aos sábados e o trabalho dos “heróis de crachá” da Caixa foram essenciais para garantir que o benefício chegasse a quem mais precisava, em meio ao cenário crítico da pandemia.
Autor: Sorin Golubov